Mão sobre o câmbio durante a condução
Um erro comum e aparentemente inofensivo, manter a mão sobre a alavanca de câmbio não é uma boa idéia. Ela está diretamente conectada à caixa de marchas e a menor pressão é transmitida ao seletor. Com o tempo, a troca de marchas começa a apresentar barulhos, além de menor durabilidade. O uso deve ser restrito, assim como o pedal de embreagem, apenas às trocas de marchas.
Manutenção de componentes do motor
Não trocar as velas, filtros de ar, de óleo e de combustível e até o carburador no período recomendado resulta num consumo até 25% maior além de desgaste excessivo. Estes componentes do carro trabalham em conjunto e sofrem com combustíveis de baixa qualidade. Em média, a troca das velas deve ser realizada a cada 20 mil quilômetros, o filtro de ar a cada 15 mil, o de combustível a cada 10 mil quilômetros e filtro de óleo deve ser trocado junto com o óleo do motor. O carburador pode durar até 80 mil quilômetros, em média.
Óleo do motor: o barato pode custar muito caro!
As oficinas nunca receberam tantos carros com motores fundidos. São problemas dos mais diversos tipos. Em todos, uma causa comum: o óleo virou uma graxa incapaz de lubrificar o motor, causando o travamento. Enfim, todos os motores estourados por falta de lubrificação. E o conserto pode chegar a custar a metade do valor do carro. O problema principal é que os proprietários de veículos tentam economizar até no lubrificante e acabam deixando o carro com mais de 15 mil km sem troca ou substituem o óleo de forma incorreta. "Se passar do prazo de troca estipulado pela montadora, o óleo fica cada vez mais oxidado e começa a engrossar, com o acúmulo de partículas metálicas provenientes do desgaste interno de anéis, pistões, camisas, bronzinas, etc.", explicou João Maria Alves Ferreira que foi gerente de pós-venda de concessionária Mercedes-Benz. O que muitos motoristas ainda não sabem é que a troca de óleo não é tão simples quanto se imagina. Ao completar o nível do lubrificante, deve-se considerar a marca, tipo e viscosidade. Ao adicionar óleo com aditivos diferentes do que já está no motor, ele se deteriora imediatamente. Misturar lubrificante sintético com mineral é ainda mais prejudicial para o motor. "Para mudar de marca ou tipo de óleo, é necessário esgotar todo o óleo velho, substituir o filtro e depois colocar o novo lubrificante", completou Ferreira.
Saiba se é hora de fazer cambagem
Quando o motorista leva o veículo para fazer alinhamento - recomendável a cada 10 mil quilômetros, é comum as oficinas tentarem “empurrar” no pacote a cambagem, o que nem sempre é necessário.
Trata-se de um serviço no câmber, como é chamado o ângulo de inclinação da roda em relação ao solo, ajustado para distribuir o peso do carro sobre a banda de rodagem. “Se não estiver de acordo com as especificações da fabricante, acarretará em desgaste irregular dos pneus”, alerta o diretor técnico de Segurança Veicular da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Marcus Vinícius Aguiar.
“A cambagem é pouco conhecida pelas maioria das pessoas. Por isso, alguns mecânicos costumam acrescentá-la ao orçamento”, diz o dono da Auto Mecânica Scopino (3955-2086), no Imirim, zona norte, Pedro Luiz Scopino. Lá, o serviço varia de R$ 60 a R$ 100 por roda.
Para saber se o veículo precisa ou não do serviço, deve-se ficar atento a alguns sintomas. “No câmber positivo (quando as rodas estão inclinadas com a parte de baixo voltada para dentro), a direção fica muito leve, como se o carro estivesse ‘dançando’. Já no negativo (em que a parte de cima da roda fica inclinada para dentro do eixo), a direção fica muito pesada, pois as rodas abertas exigem um esforço maior”, afirma José Roberto Rodrigues, gerente regional da rede Della Via Pneus (3355-2842). Ele diz que para regular o câmber seguindo as especificações das montadoras é preciso utilizar um equipamento específico.
Para evitar danos aos pneus, o diretor da AEA sugere a manutenção preventiva. “Faça sempre a checagem do câmber junto com o alinhamento, a cada 10 mil quilômetros.”
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